Entrevistas

Rosana Lanzelotte (cravo)

Cravo cópia de Blanchet, construído por César Guidini, ornamentado com reprodução da aquarela de Nicola Facchinetti: Lagoa Rodrigo de Freitas.

Gravado ao vivo na Casa Museu Eva Klabin (Rio de Janeiro) em 23/06/2021

Joseph Haydn (1732 – 1809) já era um compositor famoso, aos 53 anos, quando recebeu a inusitada encomenda da Igreja de Cadiz (Espanha): escrever música que ilustrasse as “sete últimas palavras de Cristo na Cruz”, num soleníssimo serviço religioso para a Sexta-Feira Santa.

A obra foi executada na igreja toda revestida de preto, o bispo proferia cada uma das sete frases, seguida de um pequeno sermão, após o que uma das sonatas era tocada. São sete adágios, precedidos de uma introdução e seguidos por um “terremoto” final.

Como o próprio Haydn disse, “a tarefa de escrever sete adágios, de cerca de dez minutos, seguindo-se um ao outro, sem cansar os ouvintes, não era das mais fáceis”. Talvez isso possa explicar as múltiplas versões da obra. Ela foi escrita originalmente para orquestra, com instrumentação variada: cordas, duas flautas, dois oboés, dois fagotes, dois trompetes, quatro trompas e percussão. Dois anos mais tarde, Haydn arranjou-a para quarteto de cordas - talvez a versão mais popular nos dias de hoje. O próprio Haydn a dirigiu diversas vezes, inclusive em sua última aparição pública, em 26 de dezembro de 1803.

Para ouvir na íntegra: https://spoti.fi/43fiy47

“Rosana Lanzelotte - que tem a virtude rara de tocar música contemporânea no instrumento antigo – faz do venerável Haydn, mais uma vez, um nome novo da nossa memória”
(Arthur Nestrovski - Folha de São Paulo - SP, 5/2/2003)

Solista: Rosana Lanzelotte
Orquestra Johann Sebastian Rio, direção Felipe Prazeres

Os Concertos de Brandenburgo (BWV 1046-1051, título original: "Six Concerts avec plusieurs instruments", em alemão: Brandenburgische Konzerte) são uma coleção de seis peças musicais composta por Johann Sebastian Bach entre 1718 - 1721, dedicados e apresentados a Cristóvão Ludovico de Brandemburgo-Schwedt em 1721.

O Concerto No. 5 em Ré maior, BWV 1050, tem 3 movimentos. Acredita-se que o concerto foi escrito em 1719, para mostrar um novo cravo de Michael Mietke que Bach havia trazido de Berlim para a corte de Köthen. Também se pensa que foi escrito para uma competição em Dresden com o compositor e organista francês Louis Marchand; no movimento central Bach usa um dos temas de Marchand. Marchand deixou a competição antes que ela pudesse acontecer, aparentemente amedrontado com a grande reputação de Bach para o virtuosismo e improvisação.

Todo o concerto é bem adequado para mostrar as qualidades de um bom cravo e a virtuosidade de seu intérprete, mas especialmente na longa cadenza do primeiro movimento. Parece quase certo que Bach, um grande organista e virtuoso cravista, tenha sido o cravista na estreia. Estudiosos tem visto essa obra como o primeiro exemplo de concerto com uma parte solo para um instrumento de teclado.

Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através do Edital Retomada Cultural RJ2 e Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura apresentam:

D. Pedro I e a música da Independência (making of)

#SececRJ, #CulturaPresente #RetomadaCulturalRJ2

Cravos: Rosana Lanzelotte, Olivier Baumont, Marcelo Fagerlande, Cristiano Gaudio
Cordas: Felipe Prazeres (violino), Marco Catto (viola), Marcus Ribeiro (cello), Rodrigo Favaro (contrabaixo).
Participação especial: Julien Chauvin (violino)

Gravado ao vivo na Sala Cecília Meireles - 30/8/2019
Festival Baroque in Rio - patrocínio Consulado Francês no Rio de Janeiro

Rosana Lanzelotte (cravo)
Johann Sebastian Rio
Regência; Felipe Prazeres
Gravado na Sala Cecília Meireles, 20/10/2020

This concerto, composed during Johann Sebastian Bach's Cöthen period, is thought to be based on a lost violin concerto. It is clear from the manuscript notation that the concerto was composed for the two manuals of the harpsichord, but it is frequently performed on the single keyboard of the modern piano. The piece is composed in three movements; the first one was later used by Bach as an organ prelude, and the slow movement became the first chorus of his Cantata No. 146, "Wir müssen durch viel Trübsal."

Like most of Bach's instrumental concertos, this work employs the Italian ritornello form. The ritornello of the first movement is a driving six-bar unison theme whose opening five notes form the foundation for the majority of the movement. The theme's power stems from its ever-expanding leaps and its emphatic closing cadence. Most of the soloist's passages are derived from this theme, but Bach later introduces a chromatic, toccata-like secondary theme for effect. The ritornello immediately gives way to a carefully mapped progression through the neighboring keys, using the dominant minor, the relative major, the relative major of the dominant minor, and so forth. The soloist leads the concerto through sections of contrapuntal and harmonic exploration, interspersed with several varied restatements of the ritornello by the strings. Following an elaborate cadenza by the soloist, the first movement closes with a unison restatement of the ritornello. The slow second movement is in G minor, which is unusual in that most of Bach's concertos and sonatas that begin in a minor key have a second movement in a major key, and vice-versa. Like Bach's two violin concertos, the movement is built on a foundation of a solemn basso ostinato which also serves as the ritornello. The movement's structure is symmetrical, with the first half progressing from G minor to C minor, and then to a B flat major cadence; the progression then retraces its steps, through C minor and again back to G minor. Similarly, the opening and closing statements of the ritornello are both in unison. Throughout the piece, the soloist weaves an increasingly florid melody over the ground bass, adding a lyrical quality to the somber character of the movement. The Allegro finale movement is constructed in a similar manner to the opening movement. In 3/4 time, its opening 12-bar ritornello begins with a downward scale and has a recurring rhythmic figure consisting of two sixteenth notes and an eighth note. In parts of the ritornello, the melody is traded between the bass and treble. The first solo section is a toccata-like figure. The final statement of the ritornello is preceded by a short but elaborate cadenza, as in the first movement.

Source: AllMusic (http://www.allmusic.com/composition/concerto-for-harpsichord-strings-continuo-no-1-in-d-minor-bwv-1052-mc0002 385772).

Gravado ao vivo no Museu Imperial por ocasião da inauguração da exposição em homenagem aos 200 anos de nascimento de D. Maria II

Franz Joseph Haydn (1732 - 1809)
Sonata op. 93 (Hob. VI, 1) (1777)
Allegro - Adagio - Tempo di Minuetto

Antonio Meneses (cello), Rosana Lanzelotte (cravo) e Alberto Kanji (cello)
Gravado ao vivo em 10/7/2009 – Auditório Cláudio Santoro
Festival de Campos de Jordão

Link para Spotify:
https://open.spotify.com/track/5sOBCuXISLmxGObjLxHBqw?si=nizXtnOUSmq5dqWEV549-w

Auditório da Academia Brasileira de Letras - 9 de julho de 1997

W.A. Mozart (1756 - 1791) - “Ridente la calma”
Henry Purcell (1659 - 1695) - “Music for a while”
Domenico Scarlatti (1685-1757) - Sonata K. 56
Sonata K. 141
José Maurício N. Garcia (1767 - 1830) - Domine Deus
Modinhas Imperiais (recolhidas por Mário de Andrade) - O Coração perdido
Escuta, formosa Marcia
Anon. séc XIX - Lundum
J.S. Arvellos Modinha
Ernesto Nazareth (1863 - 1934) - Escorregando
Odeon
T. A. Pereira & M.A. Ferreira - É a ti, Flor dos Cëus
Edmundo Villani Côrtes (1930) - Modinha da Moça de Antes (1994)

Rosana Lanzelotte (cravo)
Animação da partitura realizada por Stephen Malinowski