Tamara Menezes
Reprodução da ISTO É  de 6/6/2012

Rosana Lanzelotte fez a curadoria da exposição interativa Rio Música, em cartaz no Centro de Referência de Música Carioca, na Tijuca. Segue a matéria publicada pela revista Isto É.

“Foi-se o tempo em que museu significava um lugar austero, no qual apenas o olhar era privilegiado. Seguindo a tendência da nova safra de espaços culturais que usam a tecnologia para envolver todos os sentidos do visitante, o Centro de Referência da Música Carioca, situado na zona norte do Rio de Janeiro, só tem de antigo o seu prédio. Funcionando em um palacete do século passado, ele abriga a exposição de longa duração “Rio Música – Cinco Séculos de Música no Rio“, que usa as instalações interativas para que o público tenha um conhecimento renovado de um acervo que contempla desde o cancioneiro indígena, cujo primeiro registro data de 1577, até o som produzido nos bailes e favelas cariocas nos dias de hoje. Melodias compostas na antiga capital do Brasil são desvendadas por meio de instalações com teclas virtuais e vídeos expositivos.

“Para a mostra ser interessante, em especial aos mais jovens que lidam com a tecnologia desde cedo, é preciso dar a sensação de que estamos construindo juntos, criando música e experiências”, diz Rosana Lanzelotte, curadora da exposição. Rosana, a curadora da mostra “Rio Música”, é cravista, pesquisadora e doutora em informática – ou seja, a própria personificação bem sucedida da conjugação entre arte e ciência.

Ela dividiu a mostra em seis ambientes lúdicos em que se podem criar sons e melodias com as mãos e sem o uso de instrumentos tradicionais, no caso da Mesa Musical, ou dedilhar a história pelas teclas de um piano. A curadora acrescenta que a tecnologia permite que a exposição seja uma obra passível de ser sempre atualizada e adaptada.